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Made in Stoke é o segundo álbum ao vivo (CD e DVD) do guitarrista Slash , em parceria com o vocalista Myles Kennedy.O show foi gravado na sua cidade natal Stoke-On-Trent Assista

SLASH E MYLES KENNEDY ELEITOS OS MELHORES DO ANO PELA LOUDWIRE MUSIC AWARDS 2012

Slash e Myles Kennedy ganharam em duas categorias na Loudwire Music Awards 2012! . Confira

GUITAR WORLD: EDDIE VAN HALEN, O MELHOR GUITARRISTA DE TODOS OS TEMPOS

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STEVE VAI: OUÇA THE STORY OF LIGHT

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BON JOVI: "BANDA APRESENTA MÚSICAS DO NOVO DISCO"

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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Guitar Player de Novembro/2006: John Frusciante


O Cérebro dos Chili Peppers

Por que vocês chamaram os dois discos em Stadium Arcadium de Jupiter e Mars? 
Como escrevíamos cada vez mais canções, começamos a brincar com a idéia de fazer dois álbuns lançados separadamente, mas acabamos colocando tudo que nos agradou em um CD duplo. Pareceu uma boa idéia dar um nome a cada disco, para que as pessoas pensassem nas 28 músicas como dois discos de 14 faixas, cada um com sua própria energia. Quanto a Jupiter e Mars, gostamos da idéia do planeta da inteligência criativa, Júpiter, tendo a força e a iniciativa de Marte, o guerreiro, que é o planeta da manifestação do que você acha que é certo. Qualquer pessoa criativa tem de lutar contra todas as forças que estão trabalhando contra ela, no mundo e dentro de si mesma. Você tem de ser um guerreiro para ser artista, e se levantar e fazer o melhor que puder frente às críticas e adversidades.

Onde e como o álbum foi gravado?
O disco foi registrado no The Mansion, em Laurel Canyon, mas alguns overdubs foram feitos nos home studios dos integrantes da banda e no estúdio de Rick Rubin. Nós gravamos em três máquinas de 24 canais sincronizadas e fita de duas polegadas, rodando em 30ips. Mixamos em fita analógica também. [O engenheiro de som Ryan Hewitt revela que o console usado foi um Neve 8068 em pré-amps de microfone 31102. Ele salienta ainda que um Neve 1057 também foram usados em algumas faixas.] A base, incluindo a maioria dos solos, foi gravada ao vivo no estúdio, com todos tocando juntos na mesma sala. Em boa parte da gravação, nós até deixamos os amplificadores no mesmo ambiente com a bateria, e deixamos vazar, já que eu queria captar um pouco da atmosfera dos discos dos anos 60 e obter aquela pressão extra de quando você sabe que tem de acertar o take, já que estão todos na mesma sala.

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DANI CALIFORNIA - Usei um timbre direto de Strato na primeira parte da primeira estrofe. Na segunda parte, o sinal da guitarra é dividido e colocado em estéreo, com o som original à esquerda e o processado com o meu sintetizador modular Doepfer, à direita. O sinal da fita é usado para adicionar um gerador de envelope (ou ADSR), que responde à dinâmica e usa essa informação para controlar dinamicamente um filtro que acentua os graves. Ao contrário de um pedal de envelope filter, essa configuração me permite criar muito mais sons do que simples efeitos de wah. Depois, essas duas partes se repetem e, enquanto estou sustentando o acorde que faz a transição para o refrão, uma parte de cordas com Mellotron sobe lentamente por trás da guitarra. Você quase não escuta o Mellotron, mas é o que dá a sensação de que algo muito grande está para acontecer. No refrão, dobrei as partes de guitarra, que foram tocadas com um pedal DS-2 Turbo Distortion.

SNOW (HEY OH) - Durante o final, usei um Electro-Harmonix POG, que adiciona diversas oitavas e faz a guitarra soar como um órgão. Bem no final da música, criei um arpejo articulado com três partes de guitarra distorcida, cada uma tocando uma nota do arpejo, em canais separados. Normalmente, se você tenta tocar esse tipo de linha com um pedal de distorção, as frequências se chocam e as notas embolam. Mas, dessa maneira, cada nota fica clara e dá a impressão de ser apenas uma guitarra. Toquei também as mesmas partes em um sintetizador, inseridas tão baixo na mixagem que você quase não consegue escutá-las, mas o trecho fica bem diferente sem esses sons sintetizados. 


CHARLIE - As guitarras-solo estão na esquerda, com um delay bate-volta na direita.

STADIUM ARCADIUM - No solo, viramos a fita e passamos o som por um reverb digital EMT 250 vintage, registrado em um canal separado. Quando a fita fosse virada novamente, o reverb estaria invertido e começaria antes da guitarra. Depois, tratamos o som do reverb com um filtro que deixa passar apenas os graves, assim, você não ouve apenas as notas aparecendo da guitarra não-processada, elas ficam girando e o som aparentemente surge do nada. Na segunda estrofe, desaceleramos a fita e palhetei algumas tríades bem rápido. Depois, passamos pelo EMT 250, fazendo-as soar como bandolins futurísticos do espaço.

HUMP DE BUMP - Não ouve overdubs.

 She's Only 18 - Os efeitos de delay nas estrofes e no solo foram inspirados em If 6 Were 9, de Hendrix. Eles foram processados com o Effectron II, ajustado para um delay rápido com um pouco de modulação para dar movimento. O engenheiro criou também um reverb ao contrário muito com para os vocais nos refrões.

SLOW CHEETAH - Na ponte, criei ondas com o controle de volume da guitarra, que passamos pelo EMT 250, regulado na maior e mais longa configuração, criando um som parecido com estrelas rasgando o espaço.

TORTURE ME - Algumas partes da harmonia foram gravadas em overdub.

STRIP MY MIND - As melodias na segunda estrofe são duas guitarras tocando em harmonia, processadas por um Analogue Systems Phase Shifter, que, ao contrário de um típico phase shifter, tem um alcance bem amplo, assim como um controle de ressonância. Quando você passa duas ou mais harmonias por ele e ajusta a ressonância bem devagar, em frequência ele favorece uma nota, com tudo se movendo de forma circular. Às vezes, quando três notas estão tocando juntas, uma quarta nota é criada a partir das frequências e harmonias. Fiz a mesma coisa em She Looks To Me, mas com acordes em vez de notas individuais. No solo, usei um pedal de fuzz Electro-Harmonix Big Muff Pi e um Reverb Holy Grail. Rick Rubin deixou o volume no máximo na primeira nota do solo para dar uma característica explosiva quando ele entra.

ESPECIALLY IN MICHIGAN - Em guitarras de harmonia, usei um pedal de distorção Electro-Harmonix English Muff'n, que adoro. Tem uma quantidade enorme de médio-agudos e agudos, e pode soar brilhante demais, então girei o botão de tonalidade da guitarra para baixo e usei o captador do meio para conseguir o som mais sombrio e brando possível. Isso produziu um timbre doce, parecido com Clapton da fase Cream. É um dos melhores sons que já consegui. Omar Rodriguez, do Mars Volta, tocou o solo. (Frusciante também participa do novo álbum do Mars Volta).




WARLOCKS - Há um ciclo de dois compassos sobre a segunda estrofe em que usei uma técnica inspirada em David Byrne e Brian Eno. Você inclui notas em pequenos espaços onde acha, em termos de ritmo, que há espaço para uma nota. Essas notas são registradas em quatro ou cinco canais separados. E, embora não haja uma intenção consciente, todas as notas, em conjunto, criam um padrão. Depois, passei essas partes pelo MuRF, que enfatiza aleatoriamente certas notas, fazendo-as soar como se estivessem expirando, e não sendo tocadas. Adoro esse momento.

C'MON GIRL - Usei o mesmo som com Muff''n de Especially Michigan e o mesmo efeito de reverb ao contrário com filtro de Stadium Arcadium. O solo no final foi gravado ao vivo.

WET SAND - Toquei com uma Leslie na parte A. O engenheiro também usou um truque, que tem a ver com colocar o sinal levemente fora de fase consigo mesmo, para fazer com que as guitarras pareçam se projetar para fora das caixas de som. No final da música, há uma parte de guitarra arpejada, criada com a fita desacelerada e tocando as harmonias uma terça acima, no captador da ponte, fazendo com que a parte soasse quase como um cravo. Estou certo de que foi isso que Hendrix fez em Burning of the Midnight Lamp

HEY - Nada de overdubs. Acho que deixei o pedal de reverb Holy Grail ligado durante toda a canção.

DESECRATION SMILE - As guitarras da harmonia são tratadas com o mesmo efeito de phaser usado em Strip My Mind.

TELL ME BABY - Embora haja apenas uma única parte de guitarra-base, o processamento varia continuamente ao longo da canção, o que muda a atmosfera e possibilita o desenvolvimento da música. Por exemplo, na primeira estrofe há um filtro leve, super-rápido, que faz a guitarra soar como se fosse do espaço sideral. Depois, há um eco bate-volta e, em seguida, um reverb onde antes não havia. O solo foi passado pelo MuRF.

HARD TO CONCENTRATE - A parte de guitarra apresenta simples ondulações de volume, mas há partes agudas de harmonia fora da tessitura da guitarra, criadas com a desaceleração da fita durante a gravação e, depois, voltando-a à velocidade normal. Usei um Electro-Harmonix Electric Mistress Flanger na ponte.

21ST CENTURY - Os solos foram gravados em overdub, com um solo principal e duas partes de harmonia no final.

SHE LOOKS TO ME - As três guitarras da harmonia no final foram feitas com o English Muff'n, passadas pelo phaser Analogue Sustems e mixadas em dois canais, com pan bem à esquerda e à direita. Normalmente, quando os sons estão se movendo de uma caixa para outra, você escuta exatamente onde eles estão, mas, com este processo, certas notas saem da esquerda e podem ou não sair da direita. Como a frequência do phaser está se movendo bem lentamente, cria um efeito tranquilizador. Além disso, as frases de duas notas nas estrofes foram criadas com a gravação de cada nota em canais individuais. Depois, viramos a fita e adicionamos reverb ao contrário apenas na primeira nota de cada frase. Há também um som parecido com um órgão no segundo refrão, feito com o POG.

READYMADE - As partes de harmonia foram gravadas em overdub, com feedback em camadas em alguns pontos. Também tratei a bateria de Chad com filtro durante a ponte e coloquei reverb em certas batidas da caixa, o que as fez soar como tiros.

IF - A linha de baixo de Flea foi suficiente e não foi preciso colocar muita guitarra, adicionei somente uma parte de slide.

MAKE YOU FEEL BETTER - Os overdubs na estrofe e refrão finais foram tocados numa Les Paul, com o original à esquerda e um eco levemente fora do tempo à direita. Este foi um dos últimos overdubs do disco, e levou o final a um nível mais alto.

ANIMAL BAR - A parte principal tem ondas feitas com o controle de volume, um wah e um pedal de chorus, mas usei o pedal de wah de uma maneira totalmente diferente. Aumento o volume enquanto o wah está na posição de agudo máximo e, depois, fecho o wah para a posição de grave máximo. Então, baixo o volume e repito o processo no acorde seguinte. Não é comum para um guitarrista usar o wah dessa maneira, mas é o modo cmo alguém que toca sintetizador pensaria. O efeito de chorus está no máximo em alguns pontos, assim como o Holy Grail, ajustado no modo Spring. O solo é processado com efeito de phaser estéreo do Analogue Systems Phaser.

SO MUCH I - As guitarras da harmonia foram gravadas em overdub.

STORM IN A TEACUP - Nas partes rítmicas, usamos o mesmo efeito de envelope filter de Dani California.

WE BELIEVE - Usamos o LFO do Doepfer na parte principal da guitarra, e há também alguns canais de feedback de harmonia passados pelo MuRF, na abertura da segunda estrofe. Dobrei a linha final de baixo de Flea com uma Les Paul. O solo final foi feito com o English Muff'n e tratado depois com um DOD Analog Delay, cujo controle de feedback girei manualmente para conseguir um efeito controlado de feedback de eco.

TURN IT AGAIN - Gravei muitos canis de guitarra no final e eu mesmo os mixei. Organizei as guitarras em minha cabeça e misturei-as.

DEATH OF MARTIAN - Estávamos ensaiando no estúdio por mais ou menos uma semana antes de começarmos a gravar de verdade, mas eles estavam deixando a fita rodar e acabamos usando alguns desses takes, incluindo este. Essas tomadas têm um clima mais relaxado do que as de outras canções. A parte principal de guitarra foi tocada numa Leslie, e os sons "marcianos" foram feitos com um filtro em modulação super-rápida. Há três guitarras-solo no final, mas elas foram mixadas silenciosamente. Nos primeiros álbuns do Funkadelic, George Clinton brincava com o volume das coisas, em vez de fazer as partes se encaixarem numa unidade perfeitamente equilibrada, como a maioria dos produtores faz. Em uma faixa havia guitarras-solo muito altas e, em outra, baixo superalto ou vocais baixos etc. A banda e o nosso produtor não gostavam da idéia como uma direção geral para o álbum, mas esse é um dos poucos momentos onde faço esse tipo de coisa.

Fonte: Universo Frusciante

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