Chinese Democracy 1996: Slash sai da banda, mas Duff fica
Depois que o novo contrato entrou em vigor, em 31 de dezembro de 1995, Axl se estabeleceu em um estúdio de gravação chamado The Complex. Aparentemente, as relações de Slash com a banda estavam suspensas já há algum tempo, desde que as negociações do novo contrato começaram, em agosto de 1995. A revista Classic Rock apresentou nesta série, ano por ano, um relatório dos bastidores do álbum mais controverso de todos os tempos.
Compilado por: Lauri Löytökoski
Material adicional: Scott Rowley
No começo de abril de 1996, Slash viajou para o Japão por duas semanas, para tocar com Nile Rodgers e o Chic. Na última noite da turnê, no dia 18 de abril, o baixista Bernard Edwards foi encontrado morto em seu quarto de hotel como resultado de uma pneumonia. No mês seguinte a mãe de Axl, Sharon Bailey, faleceu, aos 51 anos de idade.
Por volta de julho, Axl falou com Slash e pediu para que ele retornasse à banda. Slash diz que foi posto em um "período de avaliação", como um empregado contratado do novo esquema de negócios do Guns 'n Roses, e se ele continuasse a trabalhar com a banda após o citado período, o contrato se tornaria automaticamente um compromisso permanente.
Em agosto, a banda deveria voltar ao estúdio para compor e gravar novas músicas. "Vamos ver o que acontece", disse Slash na época. "Faz tempo que eu não ensaio com eles, faz tempo que eu sequer os vejo, desde antes do lançamento do álbum do Snakepit". Como Slash lembrou tempos mais tarde, o resto da banda aparecia para os ensaios - mas quando e se Axl aparecia, era depois que os outros membros da banda já tinham desistido e ido embora, à uma ou duas da madrugada.
Apesar disso, Axl disse à MTV em 30 de outubro que: "haverá um novo álbum do Guns 'n Roses, com um mínimo de 12 músicas e com três músicas extras para lados B".
Em novembro de 1999, Axl afirmou que decidiu, àquela altura, voltar ao básico: "eu originalmente queria gravar um disco tradicional ou tentar voltar ao estilo do 'Appetite' ou algo assim, porque para mim isso seria bem mais fácil de se fazer. Eu estava envolvido em vários processos do Guns e em vários problemas na minha vida pessoal, não tinha tempo de desenvolver um novo estilo ou me reinventar, então eu estava pensando em compor algo mais tradicional, mas eu realmente não fui autorizado a fazê-lo".
"Então, eu optei pelo que pensei que deixaria, ou pelo menos deveria deixar, a banda e especialmente Slash muito felizes. Basicamente eu queria fazer um álbum do Slash com contribuições de todo mundo". E Slash alega que Axl estava tentando "me convencer que tudo estava bem, que aquilo era algo que ele e eu estávamos fazendo como parceiros... Eu não engoli aquela história".
Eu achei que alguns dos riffs que Slash estava compondo na época eram os mais durões, mais modernos, bluesy, rocking desde o 'Rocks', do Aerosmith", escreveu Axl em um press release tempos depois. "A versão 2000 de 'Rocks', do Aerosmith, ou a versão de 1996 do 'Rocks', se tivéssemos lançado na época devida... Eu sinto que algumas das gravações que fizemos naquele limitado espaço de tempo continham algumas das melhores performances de Slash desde pelo menos os 'Illusions'. Eu estava lá. Eu sei o que ouvi e sei que era bastante excitante".
Não era pra ser. O amigo de Axl e conviva do Guns, Del James, alegou em 2008 que "o Slash voltou para compor no estúdio, totalmente negativo e beligerante, sai da porra da banda e depois publicamente entorta a história para que de alguma forma pareça que ele tenha sido despedido".
A presença de Paul Huge ainda era uma pedra no sapato. Comenta Duff: "imagine que eu e você tenhamos crescido juntos e sejamos melhores amigos. OK, eu estou no Guns n' Roses e eu digo ao resto do pessoal que você vai entrar para a banda. 'ok, Slash, Axl, Matt, caras, este cara está na banda.' 'Duff, você tem um minuto?' 'Não, ele está na banda.' 'Bem, não. Todos na banda tem que dar seu voto, Duff diz, de jeito nenhum!' 'Vocês que se fodam! Este cara está na banda e eu não faço nada a não ser que ele esteja na banda.' 'Tá, quer saber? Vamos tentar tocar com ele, já que você está tão interessado assim...' 'Ei Duff, o cara não sabe tocar.' 'Não tô nem aí.' 'Bem, isso não é muito razoável.'" Em 16 de outubro, Slash admitiu: "no momento Axl e eu estamos deliberando sobre o futuro de nosso relacionamento. Eu voltei à banda faz só três semanas e a minha relação com Axl agora está meio que paralisada".
Em 30 de outubro, Axl mandou um fax para a MTV, anunciando que um novo álbum do Guns n' Roses seria lançado, mas que Slash não estava mais na banda. Duff e Matt continuavam. Em dezembro, Duff comentou: "tudo vai ficar legal... O Guns está gravando um novo álbum, está claro que Matt e eu estaremos em estúdio por pelo menos três ou quatro semanas em fevereiro... Já temos alguns títulos de músicas, mas ainda não temos um nome para o álbum. Com relação ao boato de que uma pessoa quer que nós mudemos, não é verdade".
Mas Axl já havia decidido que as faixas compostas com Slash não iriam ser aproveitadas: "(as músicas de 1996) não são algo com o qual eu gostaria de trabalhar (sem o Slash), porque neste momento só tem uma única pessoa que eu conheço que pode tocar certos riffs de uma determinada maneira. É por isso que esse material foi abandonado".
Créditos: Whiplash
Compilado por: Lauri Löytökoski
Material adicional: Scott Rowley
No começo de abril de 1996, Slash viajou para o Japão por duas semanas, para tocar com Nile Rodgers e o Chic. Na última noite da turnê, no dia 18 de abril, o baixista Bernard Edwards foi encontrado morto em seu quarto de hotel como resultado de uma pneumonia. No mês seguinte a mãe de Axl, Sharon Bailey, faleceu, aos 51 anos de idade.
Por volta de julho, Axl falou com Slash e pediu para que ele retornasse à banda. Slash diz que foi posto em um "período de avaliação", como um empregado contratado do novo esquema de negócios do Guns 'n Roses, e se ele continuasse a trabalhar com a banda após o citado período, o contrato se tornaria automaticamente um compromisso permanente.
Em agosto, a banda deveria voltar ao estúdio para compor e gravar novas músicas. "Vamos ver o que acontece", disse Slash na época. "Faz tempo que eu não ensaio com eles, faz tempo que eu sequer os vejo, desde antes do lançamento do álbum do Snakepit". Como Slash lembrou tempos mais tarde, o resto da banda aparecia para os ensaios - mas quando e se Axl aparecia, era depois que os outros membros da banda já tinham desistido e ido embora, à uma ou duas da madrugada.
Apesar disso, Axl disse à MTV em 30 de outubro que: "haverá um novo álbum do Guns 'n Roses, com um mínimo de 12 músicas e com três músicas extras para lados B".
Em novembro de 1999, Axl afirmou que decidiu, àquela altura, voltar ao básico: "eu originalmente queria gravar um disco tradicional ou tentar voltar ao estilo do 'Appetite' ou algo assim, porque para mim isso seria bem mais fácil de se fazer. Eu estava envolvido em vários processos do Guns e em vários problemas na minha vida pessoal, não tinha tempo de desenvolver um novo estilo ou me reinventar, então eu estava pensando em compor algo mais tradicional, mas eu realmente não fui autorizado a fazê-lo".
"Então, eu optei pelo que pensei que deixaria, ou pelo menos deveria deixar, a banda e especialmente Slash muito felizes. Basicamente eu queria fazer um álbum do Slash com contribuições de todo mundo". E Slash alega que Axl estava tentando "me convencer que tudo estava bem, que aquilo era algo que ele e eu estávamos fazendo como parceiros... Eu não engoli aquela história".
Eu achei que alguns dos riffs que Slash estava compondo na época eram os mais durões, mais modernos, bluesy, rocking desde o 'Rocks', do Aerosmith", escreveu Axl em um press release tempos depois. "A versão 2000 de 'Rocks', do Aerosmith, ou a versão de 1996 do 'Rocks', se tivéssemos lançado na época devida... Eu sinto que algumas das gravações que fizemos naquele limitado espaço de tempo continham algumas das melhores performances de Slash desde pelo menos os 'Illusions'. Eu estava lá. Eu sei o que ouvi e sei que era bastante excitante".
Não era pra ser. O amigo de Axl e conviva do Guns, Del James, alegou em 2008 que "o Slash voltou para compor no estúdio, totalmente negativo e beligerante, sai da porra da banda e depois publicamente entorta a história para que de alguma forma pareça que ele tenha sido despedido".
A presença de Paul Huge ainda era uma pedra no sapato. Comenta Duff: "imagine que eu e você tenhamos crescido juntos e sejamos melhores amigos. OK, eu estou no Guns n' Roses e eu digo ao resto do pessoal que você vai entrar para a banda. 'ok, Slash, Axl, Matt, caras, este cara está na banda.' 'Duff, você tem um minuto?' 'Não, ele está na banda.' 'Bem, não. Todos na banda tem que dar seu voto, Duff diz, de jeito nenhum!' 'Vocês que se fodam! Este cara está na banda e eu não faço nada a não ser que ele esteja na banda.' 'Tá, quer saber? Vamos tentar tocar com ele, já que você está tão interessado assim...' 'Ei Duff, o cara não sabe tocar.' 'Não tô nem aí.' 'Bem, isso não é muito razoável.'" Em 16 de outubro, Slash admitiu: "no momento Axl e eu estamos deliberando sobre o futuro de nosso relacionamento. Eu voltei à banda faz só três semanas e a minha relação com Axl agora está meio que paralisada".
Em 30 de outubro, Axl mandou um fax para a MTV, anunciando que um novo álbum do Guns n' Roses seria lançado, mas que Slash não estava mais na banda. Duff e Matt continuavam. Em dezembro, Duff comentou: "tudo vai ficar legal... O Guns está gravando um novo álbum, está claro que Matt e eu estaremos em estúdio por pelo menos três ou quatro semanas em fevereiro... Já temos alguns títulos de músicas, mas ainda não temos um nome para o álbum. Com relação ao boato de que uma pessoa quer que nós mudemos, não é verdade".
Mas Axl já havia decidido que as faixas compostas com Slash não iriam ser aproveitadas: "(as músicas de 1996) não são algo com o qual eu gostaria de trabalhar (sem o Slash), porque neste momento só tem uma única pessoa que eu conheço que pode tocar certos riffs de uma determinada maneira. É por isso que esse material foi abandonado".
Créditos: Whiplash
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