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Made in Stoke é o segundo álbum ao vivo (CD e DVD) do guitarrista Slash , em parceria com o vocalista Myles Kennedy.O show foi gravado na sua cidade natal Stoke-On-Trent Assista

SLASH E MYLES KENNEDY ELEITOS OS MELHORES DO ANO PELA LOUDWIRE MUSIC AWARDS 2012

Slash e Myles Kennedy ganharam em duas categorias na Loudwire Music Awards 2012! . Confira

GUITAR WORLD: EDDIE VAN HALEN, O MELHOR GUITARRISTA DE TODOS OS TEMPOS

Eddie Van Halen foi eleito o maior guitarrista de todos os tempos pela publicação estadunidense Guitar World.Confira a lista

STEVE VAI: OUÇA THE STORY OF LIGHT

Ouça o novo álbum de Steve Vai, "The Story Of Light". O trabalho sairá pela Favored Nations Entertainment, o selo que Vai abriu em 1999.".Ouça

BON JOVI: "BANDA APRESENTA MÚSICAS DO NOVO DISCO"

Foi ao ar na sexta-feira (25 DE JANEIRO), a apresentação da banda Bon Jovi, no BBC Radio Theatre, em Londres. Ouça

SLASH - APOCALYPTIC LOVE: OUÇA O ÁLBUM COMPLETO

Apocalyptic Love é o segundo álbum solo de estúdio do guitarrista. Slash começou a trabalhar em seu segundo álbum solo em junho de 2011, quando ainda estava na turnê de seu primeiro álbum solo. Ouça
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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

a Soul to Squeeze - Capítulo 2: Breaking the Girl

Primeiramente, eu gostaria de agradecer: Pascalle e Maria, que me deram as
informações que eu requisitei.

Em segundo lugar, gostaria de agradecer a todos os fãs do Red Hot Chili Peppers no
mundo e em particular, àqueles que estiveram comigo nessa aventura que já
vai fazer anos, ao Jason, Yvette, Michelle, Zoe a todos os meus amigos do
The Red Hot Chili Peppers Forum/Ezboard e do Forum One Hot Globe.

E em último, mas não menos importante, meu editor, o grande Ardnac e Ken.


NOTA DO AUTOR:

Essa biografia é baseada principalmente nas entrevistas e nos fatos que eu li na imprensa, e na minha opinião, é realmente confiável; Eu apenas resumi as coisas que eu ouvi dele mesmo ou de suas pessoas próximas. É claro que algumas coisas podem ser imprecisas, mas nada foi inventado. Enquanto estiver lendo, você vai perceber que eu escrevi alguns diálogos entre Anthony e Flea, Anthony e Hillel, e outras pessoas. É óbvio que os diálogos foram criados por mim, porque mesmo que eu estivesse lá, eu precisaria no mínimo de um gravador para reproduzir tudo fielmente. No entanto, coloquei esses diálogos apenas para dar mais luz às histórias que todos nós conhecemos (você verá que os diálogos são inseridos naqueles pontos que nós já conhecemos da história). E essas conversas também são baseadas em fatos reais e escritas baseadas no estilo típico de expressão das pessoas envolvidas. Dave Thompson também colocou alguns diálogos baseados em sua intuição, no seu livro sobre o Red Hot Chili Peppers. Eu apenas segui o mesmo exemplo.


Penny Lane


Capítulo 2: Breaking the Girl
Raised by my dad
he was my man
girl of the day
that was the way.


Blackie teve uma infância dura. Seu pai era muito duro, não o deixava fazer nada.
Agora que Anthony estava sob sua responsabilidade, estava disposto a fazer exatamente o oposto, dando-lhe total liberdade para fazer o que quisesse.
Em 1973, Anthony começou sua nova vida em Los Angeles. Sua mãe fez Blackie prometer que ele freqüentaria a escola e fazer todos os trabalhos de casa, sem nenhum tipo de distração, como todas as outras crianças do mundo.

A escola na qual Anthony estudaria ainda estava sob questão. Blackie queria que ele fosse para a Beverly High, mas havia um pequeno, porém, significativo detalhe: Anthony não morava em Beverly Hills. Sonny Bono apareceu com a seguinte idéia: Blackie poderia usar um endereço de Beverly Hills, dizendo que Anthony morava em sua casa. Esse era um truque antigo. Muitas pessoas usavam isso para matricular suas crianças em uma instituição prestigiada, mas dessa vez, foram descobertos imediatamente. Blackie teve de matricular Anthony na Fairfax High School, no cruzamento entre a Fairfax e a Melrose Avenue. A Fairfax High School era conhecida em toda Los Angeles com a "rock 'n' roll high school" (escola do rock'n roll). Alguns de seus ex-alunos são pessoas como Herb Alpert, Phill Spector, Ian e Dean, e o guitarrista do Guns'n Roses, Slash. E ainda, em 1991 o ginásio foi o cenário do clipe de Smells Like a Teen Spirit, do Nirvana. Agora, voltando a 1973... era uma escola onde a maioria dos jovens judeus de classe média estudava.

Não há muita coisa conhecida a respeito dos primeiros dias de Anthony na Fairfax High. Anthony não gostava muito. A vida em casa era muito mais interessante.

"Tinham dois lados diferentes", disse Anthony uma vez, sobre seu pai: "Em um lado, ele estava sempre por perto, certificando-se de que meus trabalhos de casa estavam feitos, me ajudando com sinônimos. Por outro lado, ele tinha muita pressa para farrear todas as noites".

Essas diferenças refletiam diretamente na vida de Anthony. Na Fairfax High, não tinha um único amigo. Seus amigos eram os amigos de seu pai: Keith Moon, baterista do The Who (um pirado, viciado em heroína e cocaína); Alice Cooper (O Marilyn Manson dos anos 70, bissexual e viciado em jogos); Sonny Bono, é claro, cuja paixão por meninas jovens era conhecida de Norte a Sul.

"Eu me iniciei em suas fantasias", falou Anthony. "Eu era muito jovem. Eu tinha aquela atitude, do tipo, 'o que você está fazendo? Eu também quero. O que é isso?'".

À noite, Blackie e seus amigos levavam Anthony para os clubes mais populares de Hollywood. Blackie conhecia todos e todos o conheciam.
Ele o iniciou com garotas e... substâncias. Jimmy Page, o lendário guitarrista do Led Zeppelin disse, certa vez: "Toda vez que uma banda vem a Los Angeles, voltava a procura de Blackie.
Ele sabia onde estavam as garotas e outras coisas mais".

"Eu acho que o meu pai tinha um pensamento sobre o que era bom para mim, me iniciando em tudo da vida adulta, mas uma mente tão jovem, tem problemas para digerir toda aquela informação". Entender a vida adulta não era algo fácil para um garoto de 11 anos de idade, recém chegado a uma nova cidade e um novo estilo de vida. Na escola, as outras crianças continuavam evitando Anthony. "Meu pai era meu melhor amigo", admitiu Anthony. Em outra ocasião, ele falou: "Eu era uma aberração da natureza quand criança".
Não se sabe com clareza quando foi que Anthony começou sua relação com o sexo e as drogas. Anthony conheceu ambos por intermédio de seu pai, mas não se sabe em que ordem. A história sobre a primeira experiência sexual de Anthony é conhecida no mundo inteiro e já foi dita mais de mil vezes. Aos 12 anos, Anthony perdeu sua virgindade com uma namorada de seu pai, Kimberly Smith, que tinha 18 anos. Anthony mesmo já deu várias versões dessa história, apesar de não modificá-la em alguns pontos. Em primeiro lugar, havia 1/4 de um tablete de calmante circulando em seu sangue, o deixando relaxado, o que nos leva a crer que ele já estava de certa forma familiarizado com algum tipo de droga. "Eu estava doidão, e meu pai estava com uma garota lá em casa, e ela estava sem camisa. Eu pensei comigo mesmo: 'algum garoto poderia ser mais sortudo?' Naquele momento eu me sentia o garoto mais sortudo do mundo". O que as pessoas sabem sobre Kimberly Smith, além de seu nome e sua idade, é que ela tinha cabelos vermelhos. Ninguém sabe o que ela fazia antes, nem o que fez depois. Ela apenas entrou na nossa história, como a primeira parceira sexual de Anthony.

A primeira experiência química de Anthony não é tão bem conhecida. Também nesse caso, tem uma mão de Blackie. "Nós começamos juntos com as drogas", disse Anthony. "Maconha, qualquer substância que abrisse a mente". Atualmente, Blackie se sente um pouco arrependido por ter iniciado seu filho nas drogas. "Ele acabou se viciando". Algumas pessoas acusam Balckie abertamente por ter arruinado a vida de seu filho por causa das drogas, enquanto outros dizem que ele é culpado apenas em partes. O certo é que em nenhuma família de classe média daquele tempo, isso acontecia, o que fazia Anthony ainda mais reservado.

Blackie não teve sua realização para se tornar um astro do cinema, e agora que estava com Anthony, decidiu fazê-lo seguir seus passos. Até então, Anthony só havia atuado em peças da escola, mas Blackie tinha outros planos para ele. Começou mudando seu nome. Um sujeito chamado Anthony Kiedis não teria nenhuma chance no mundo do cinema. Precisava de um nome artístico. Blackie deu-lhe seu sobrenome, Dammet. O primeiro nome, foi Cole, cuja origem, não é conhecida. Com seu novo nome, Anthony/Cole Dammett foi para uma audição, para um pequeno papel em um filme de Sylvester Stallone, F.I.S.T., e foi o escolhido. O ano era 1976.
F.I.S.T. é um bom filme. Os fãs que quiserem comprar o home video para assistir e aproveitar
apenas alguns segundos da primeira aparição em público de Anthony Kiedis em ação, ficarão desapon- tados: na versão em home video, a parte em que "Cole Dammett" aparece, foi cortada. Os poucos que viram o filme em algum cinema, contam que Anthony aparece apenas sentado na mesa de um bar. Apenas uma curiosidade: a atriz que viveu a esposa de Stallone (mãe de Anthony) era uma lituana.

O primeiro contato de Anthony com um set de cinema o deixou triste: "Eu não tinha a menor idiea do quão insignificante era o meu papel. Tudo o que eu sabia era que seria o filho de Sylvester Stallone. Eu tinha 14 anos e achava que aquilo seria algo grande para mim. Eu fui até o trailer do Stallone e disse: 'Hey, estou indo atuar como seu filho, vamos passar um minuto juntos, então, podemos conversar um pouco sobre o que está acon- tecendo aqui'. Ele veio até a porta e falou: 'O que você quer, garoto?' Ele não queria fazer nada junto comigo".

Outros pequenos papéis estavam por vir em alguns filmes de TV ("Jokes my folks never told me"; "It's a mile from here to glory") e algumas comédias, como "Jenny and Chachi", "Happy Days", com Scott Baio. Naquela época, Anthony estava na flor da adole- scência. Ele ficava andando "por aí", com aquele engraçado bob (supõe-se que seja um cão. :), e com seu olhar míope. Seu novo amigo, Michael, o descreveu: "Ele parecia um maluco, com aqueles cabelos em cima dos olhos e o visual robusto. Ele parecia um lunático".

A primeira coisa que Blackie pensou quando viu o novo amigo de Anthony foi: Merda! Eu sabia que deveria ter mandado Anthony para a Beverly High!". Hoje em dia, Michael não parece com aquele exuberante adolescente. Pequeno, magro, parecia muito mais novo do que era, e na Fairfax High, não tinha amigos, assim como Anthony. "Nós éramos dois excluídos", disse Anthony. A data desse fatal encontro não é conhecida. O ano era 1978. Segundo a lenda, Michael Balzary estava brigando com o único amigo de Anthony na Fairfax High, Tony Sherr. Anthony ordenou que ele parasse. Michael obedeceu, pois Anthony não parecia nem um pouco calmo, mas gostou dele à primeira vista, e Anthony também, de primeira, gostou de Michael. Em poucos dias, Anthony abandonou Tony Sherr e tornou-se amigo inseparável de Michael Balzary.

Michael era apenas duas semanas mais velho que Anthony, mas nasceu no outro lado do mundo, em Melbourne, Austrália. Aos 5 anos, mudou-se para New York com sua mãe, sua irmã e seu padrasto, um músico de jazz. Em 1973, mesmo ano em que Anthony foi morar com Blackie em Los Angeles, Michael mudou-se para a Califórnia. Michael tinha cabelos médios, cacheados, olhos azuis, e um engraçado espaço entre seus dentes frontais. Com seu padrasto, Michael aprendeu a amar a música, principalmente jazz e blues. Na escola, conheceu Led Zeppelin e ficou louco por seus riffs de guitarra, que tocava no trompete, e integrava a orquestra da escola. Ele era um bom garoto, simpático e estudioso. O que ele viu em Anthony, para tornar-se grande amigo e confidente, ninguém sabe, mas a teoria de que os opostos se atraem explica tudo.

Na verdade, na Fairfax, Michael tinha mais amigos que Anthony. Michael não chegava ao colégio de manhã, com a cabeça cheia de cerveja, maconha e orgias, como seu novo amigo. Michael era mais normal, e isso pode explicar essa atração.

Anthony não era uma cópia fiel de seu pai na adolescência. "Dentro de mim, havia a genuinidade que herdei de minha mãe. Eu me apaixonei por uma garota, e fiquei com ela por 3 anos. Eu não queria fazer o que meu pai fazia. Ao mesmo tempo, eu achava ótimo poder ter todas aquelas mulheres bonitas que vinham na minha casa, e elas não estavam preocupadas se eu quisesse conversar ou se eu quisesse fazer sexo com elas".

A garota por quem Anthony estava apaixonado era uma estudante da Fairfax High, e seu nome era Haya Handel. Por incrível que pareça, esse foi um dos relacionamentos mais duradouros da vida de Anthony. Haya era bonita, líder do time de ginástica da escola, e se conseguiu segurar Anthony por três anos, devia ser muito atraente, como as pessoas dizem.

Na escola, Anthony precisava apenas agradecer à sua grande inteligência. Do resto, vivia brigando com todos os seus professores e na maioria das vezes, ficava "viajando"

Da maconha, ele passou rapidamente pelos mágicos e ácidos, e em pouco tempo, estava usando cocaína. Ele encontrava as drogas em casa, como alguns adolescentes que caem no alcoolismo ao verem seus pais bebendo no bar de casa.

Um dia, por volta de 1978, Anthony se encontrou cara a cara com uma outra bela branca esperando por ele, e é claro, não hesitou. O efeito era como uma pancada na cabeça. Nada comparável com os 200 bpm's da cocaína que ele havia experimentado algum tempo atrás. Exatamente o oposto. Um calor. O mundo se transformou em um lindo lugar, colorido, cheio de sensações terrenas.

"WOW", ele voltou. "É demais! Que tipo de cocaína é esse?"
"Isso não é cocaína, garoto", disse o primeiro que conseguiu entender a sua fala quase inteligível. "Isso é heroína!"

Michael Balzary era esperto, tinha muita energia, e não ficava parado, costumava pulando, então, as pessoas passaram a chamá-lo de Flea (Pulga). Sua habilidade para a música e sua simpatia, o ajudaram a passar por cima da timidez e assim, Flea fez amiza- des com algumas outras crianças. Além de Anthony, seus amigos mais próximos eram dois meninos judeus, Jack Irons e Hillel Slovak, e um cidadão do mundo, filho de artistas de circo, chamado Alain Johannes. Jack, Hillel e Alain eram membros de uma banda de rock, chamada Chain Reaction. Michael Flea Balzary ainda não havia se convertido ao rock, mas ser amigo de integrantes de banda facilitou a aproximação.

Michael apresentou seus amigos a Anthony. Nosso garoto amava música, mas apenas como um fã. Não sabia tocar nada e ainda tinha uma vaga aspiração ao cinema. Recentemente, quando perguntado sobre "o que pensava em ser quando crescer", nos seus tempos de adolescência, Anthony respondeu: "Um fora-da-lei que seguisse apenas suas próprias regras".


A realidade se aproximou disso: uma noite, a polícia invadiu o apartamento de Blackie, durante uma festa. Drogas foram encontradas por toda parte.
Blackie foi algemado e levado para a central sob os olhos do ainda menino Anthony.

Anthony não queria pedir a ajuda de sua mãe. Desde quando foi para Los Angeles, ligou para sua mãe várias vezes, também a visitou muitas vezes, mas nunca lhe contou s verdade sobre Blackie. Então ele poderia ligar para sua mãe e dizer "oi mãe, aconteceu um incidente e meu pai está na cadeia, e se eu quiser que ele volte para casa, terei de pagar a fiança!"?

Lógico que não. Anthony já tinha 15 anos e havia feito e visto muitas coisas além de sua idade. Não precisava mais de Blackie para nada, e não precisava de Peggy também. Com suas economias, pagou a fiança de seu pai e deixou o apartamento. Ele não tinha a menor idéia de para onde ia, mas não ligava para isso.

Entre Anthony, Michael, Hillel Slovak e Jack Irons, uma grande amizade havia nascido. Os quatro se nomearam "Los Faces" e começaram a se divertir pelas ruas de Hollywood, vstidos como skatistas e surfistas, fazendo seu melhor para arranjarem encrencas. Algumas dessas aventuras fazem parte da lenda: Anthony saltou do telhado de uma construção, em uma piscina, mas errando a água, bateu com as costas no concreto; Anthony e Flea foram esquiar no norte da Califórnia e passavam as noites em uma lavanderia, se aquecendo perto das secadoras... e quem não lembra do transexual que os levou de volta para Los angeles em seu carro? Algumas dessas aventuras são contadas em uma das muitas músicas escritas com a parceria de Anthony e Flea, a nostálgica "Deep Kick", do One Hot Minute (1995). A música também fala sobre uma viagem a Londres, sobre a qual não se sabe muito.

Papa's proud and so he sent us
Pounding hearts full and relentless
Two boys in London, England Two boys in London, England
Climbing out of hostel windows
Wearing gears so out but in though
Come on kid and do the no no


Foi a primeira vez que os dois garotos visitaram a Europa, e a Inglaterra não os agradou. "Podemos dizer que a Inglaterra não é o meu lugar favorito no mundo", disse Anthony a uma revista inglesa, a Kerrang!, em 1990. "Em não gosto de como eles cozinham". Flea, falando para a New Musical Express, em 1992, foi menos diplomático: "A comida é ruim, as pessoas são chatas, o clima é um saco e todos ouvem a mesma porra de música".

Isso foi no final da década de setenta, e a música ainda não era a sensação. O movimento Punk tinha acabado de explodir, e Londres estava incendiando. E enquanto andavam por Londres, nossos dois heróis, ao passarem por um pub, ouviram uma banda tocando. O nome era "Chili Willy and the Red Hot peppers".

Quando foi perguntado por um fã sobre qual a sua grande recordação da infância, Anthony respondeu: "Eu, Flea e Hillel, em 1979, viajando de Los Angeles para o Michigan". Anthony e seus amigos eram apaixonados por esportes, natureza e pela vida ao ar livre. Isso pode se contrastar com as outras atividades deles, como passar as noites em clubes, cheios de drogas, mas talvez esse contraste não seja tão profundo quanto parece a primeira vista. O que é certo mesmo, é que nenhum dos "Faces" gostava da vida normal. Los Faces eram loucos, e não tinham medo de nenhuma nova experiência.

Pelo contrário, qualquer experiência merecia ser vivida. Os que seguiam essa teoria mais a fundo eram Anthony e Hillel. Flea ainda era um pouco travado por sua timidez, e Jack era o mais regular dos quatro, era o único que às vezes parava pra pensar em algum tipo de limite.

Apesar de Flea ter apresentado Anthony a Hillel, eles dois estavam criando cada vez mais intimidade. Hillel Slovak era um garoto judeu, alto, branco, com grandes pernas e longos braços. Além de estudar na Fairfax High, tocava guitarra na banda Chain Reaction, que havia acabado de trocar o nome para Anthym. Hillel era um verdadeiro maníaco por guitarra e seu herói era Jimi Hendrix, mas também era um artista. Sua mãe, Esther, era pintora, e ele estava seguindo seus passos. Anthony não sabia tocar nenhum instrumento, mas seu esteriótipo de artista era fascinante. E quando Anthony se encontrou perdido nas ruas, foi ao Hillel que ele pediu ajuda. "às vezes é difícil encontrar uma dimensão para amizade, é apenas uma amizade inquebrável,amizade por amizade e quando qualquer coisa entra em colapso, é isso que espera: amizade pura", disse Anthony, em 1998, sobre sua amizade com Hillel Slovak. Esther Slovak o recebeu em sua casa, mas em poucas semanas, Anthony teve de irembora.

Flea também estava tendo problemas em casa. Seu padrasto, Walter Urban Jr era um alcoólatra, que começara a ser violento. "Eu presenciava algumascoisas que normal- mente as crianças não devem ver", disse Flea. Los Faces eram o caminho entra a infância e a adolescência. Anthony, Flea e Hillel se uniram e decidiram que o melhor a se fazer

naquele momento era partirem juntos para um pequeno apartamento. Nossos três heróis encontraram um em Hollywood e foram para lá, com suas roupas e drogas. Jack Irons, que tinha uma família feliz e normal, decidiu apenas assistir. Ele não estava preparado para isso.

Anthym estava tocando em festas da escola, mas não parecia nem de longe que se tornariam famosos no futuro. Haviam várias bandas em Los Angeles, e eles nem eram os melhores. Eles perderam seu primeiro baixista, então, Hillel e Jack pensaram no Flea. "Mas eu toco trompete!!", protestou Flea. Hillel mandou ele parar de reclamar, ensinou- lhe como se tocava baixo e o colocou na banda. E então, ele começou a tocar.

E Anthony? Anthony era o único fã verdadeiro do Anthyn. Não perdia nenhuma apresentação. Desde quando foi morar com seus amigos, Anthony passou a conhecer melhor o mundo underground de Hollywood. Como ele conseguia ir para a escola nas noites seguintes, é um mistério. Ou talvez
não, se algo chamado cocaína pudesse entrar em cena. À noite, aprontava nos clubes de Hollywood, enganando a todos com seu rosto angelical e roupas de estudante. Anthony ia levar Haya em casa e saía denovo. Pela manhã, levantava, bufava várias vezes e ia para a escola.

O punk rock estava explodindo em Los Angeles e Anthony estava alucinado com o funk. O funk não era popular, era principal- mente dos negros, e o som mais sexy que Anthony já tinha ouvido. Anthony não tinha medo de andar pelos guetos durante a noite, e passou a ir sozinho em busca de sua heroína. Os clubes dos guetos de Los Angeles, de South Central a Bunker Hill, eram diferentes dos clubes que ele havia visto antes. Os freqüentadores eram negros em sua maioria, e eram muito mais baratos que os de Hollywood.

Seus companheiros tinham de entender que não poderiam continuar tocando só aquele hard rock"! Funk, aquilo era música! Funkadelik, Defunkt, Sly e Famyli Stone! Música feita para sexo. Ele precisava colocar aquilo em suas cabeças!

FIM DO CAPÍTULO 2

OBS: Agradecemos ao Universo Frusciante por autorizar a publicação de a Soul to Squeeze.

2 Comentários:

Anônimo disse...

acho mt foda a soul to squeeze, essa é a segunda vez que leio.

Anninha disse...

ansiosa para ler o proximo capítulo

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