Chinese Democracy 1997: Sorum e McKagan fora da banda
Ninguém estava com o lugar garantido: o baterista de Prince, Michael Bland, fez um teste para a vaga de baterista em janeiro. O produtor de longa data Mike Clink foi aos ensaios mas não se encaixou. A revista Classic Rock apresentou nesta série, ano por ano, um relatório dos bastidores do álbum mais controverso de todos os tempos.
Axl está tentando definir sua direção e está tentando um monte de colaboradores diferentes", disse mais tarde um diplomático Clink.
Um executivo da Geffen, Todd Sullivan, mandou para Axl um punhado de álbuns produzidos por diferentes pessoas, incentivando-o a escolher alguém de quem tivesse gostado. Em vez disso, Todd recebeu uma ligação dizendo que Axl tinha passado por cima dos discos com seu carro. Mais tarde, Sullivan relembrou a situação: "a maioria do material que ele tocou para mim eram apenas rascunhos. Eu disse: 'olha Axl, você tem aqui um material ótimo, que promete. Porque você não pensa em trabalhar e completar algumas dessas músicas?' Ele respondeu: 'hmm, trabalhar e completar algumas das músicas?' No dia seguinte eu recebi uma chamada de Eddie (Rosenblatt, presidente da Geffen), dizendo que eu estava fora do projeto".
O direcionamento musical do novo álbum tornou-se aparente quando o mestre do dance-rock Moby iniciou contatos com Axl em fevereiro. "Sob o risco de soar como um sujo homem de negócios da música, eu me encontrei com Axl na semana passada para ouvir as novas demos da banda", disse Moby na época. "Eles estão compondo com vários loops e, acredite ou não, estão fazendo isso melhor do que qualquer um que eu tenha ouvido ultimamente". Uma das demos que devem ter sido mostradas para Moby era uma faixa ainda em desenvolvimento, "Oh My God". "Musicalmente a faixa foi basicamente composta por Paul Huge (em 1997)", disse Axl, "com Dizzy Reed compondo o gancho musical do coro. Tanto o ex-membro Duff McKagan como o ex-empregado Matt Sorum não conseguiram enxergar o potencial da faixa e não mostraram interesse em sequer explorá-la, que dirá gravá-la".
Matt Sorum, enquanto isso, apresentou Rose ao ex-guitarrista do NINE INCH NAILS Robin Finck. Sorum disse mais tarde à Spin: "eu disse a Axl para encontrá-lo e ele disse: 'esse é o nosso guitarrista'. Eu disse: 'traga Robin para tocar com o Slash', mas Axl disse: 'eu quero que ele faça os solos'."
A inclusão de Robin acabou por ser a última contribuição significativa de Matt para a banda. Sorum em outra oportunidade lembrou do incidente que o fez encerrar seu período com a banda: "Paul Huge entrou no estúdio e fez um comentário negativo sobre Slash. Eu disse: 'você não diga isso na minha frente'. Daí o Axl se meteu na história, nós discutimos e o negócio acabou por ali".
"Huge me seguiu até o estacionamento e disse, 'volte'. Eu disse: 'não dá, ele me despediu. Você se sente bem, tendo sido a causa da separação de uma das maiores bandas que já existiu?'"
Outro egresso do NIN, Chris Vrenna, foi convidado para substituir Matt Sorum ("eles queriam realizar experimentos com sons eletrônicos. O meu papel deveria ser tocar bateria e fazer programação", disse Vrenna), depois o ex-baterista do PEARL JAM Dave Abbruzzese. Robin Finck, enquanto isso, assinou um contrato de dois anos com o Guns - e então Duff McKagan saiu.
"Eu saí da banda duas semanas antes do nascimento da minha filha Grace (em 27 de agosto de 1997)", Duff disse mais tarde à revista japonesa Burrrn."Não era mais divertido. Esse é o motivo. O motivo pelo qual eu fiquei na banda era pra ser uma ponte entre Axl e Slash. Eu fui a um jantar com Axl e com seu empresário. Eu disse: 'Axl, nós nos divertimos muito juntos, mas agora é a sua banda. Eu não tenho interesse em ter você como um ditador. Eu não vim aqui para falar sobre adiantamento de dinheiro para o disco novo. Pode ficar com tudo'".
Créditos: Whiplash
Compilado por: Lauri Löytökoski
Material adicional: Scott Rowley
Axl está tentando definir sua direção e está tentando um monte de colaboradores diferentes", disse mais tarde um diplomático Clink.
Um executivo da Geffen, Todd Sullivan, mandou para Axl um punhado de álbuns produzidos por diferentes pessoas, incentivando-o a escolher alguém de quem tivesse gostado. Em vez disso, Todd recebeu uma ligação dizendo que Axl tinha passado por cima dos discos com seu carro. Mais tarde, Sullivan relembrou a situação: "a maioria do material que ele tocou para mim eram apenas rascunhos. Eu disse: 'olha Axl, você tem aqui um material ótimo, que promete. Porque você não pensa em trabalhar e completar algumas dessas músicas?' Ele respondeu: 'hmm, trabalhar e completar algumas das músicas?' No dia seguinte eu recebi uma chamada de Eddie (Rosenblatt, presidente da Geffen), dizendo que eu estava fora do projeto".
O direcionamento musical do novo álbum tornou-se aparente quando o mestre do dance-rock Moby iniciou contatos com Axl em fevereiro. "Sob o risco de soar como um sujo homem de negócios da música, eu me encontrei com Axl na semana passada para ouvir as novas demos da banda", disse Moby na época. "Eles estão compondo com vários loops e, acredite ou não, estão fazendo isso melhor do que qualquer um que eu tenha ouvido ultimamente". Uma das demos que devem ter sido mostradas para Moby era uma faixa ainda em desenvolvimento, "Oh My God". "Musicalmente a faixa foi basicamente composta por Paul Huge (em 1997)", disse Axl, "com Dizzy Reed compondo o gancho musical do coro. Tanto o ex-membro Duff McKagan como o ex-empregado Matt Sorum não conseguiram enxergar o potencial da faixa e não mostraram interesse em sequer explorá-la, que dirá gravá-la".
Matt Sorum, enquanto isso, apresentou Rose ao ex-guitarrista do NINE INCH NAILS Robin Finck. Sorum disse mais tarde à Spin: "eu disse a Axl para encontrá-lo e ele disse: 'esse é o nosso guitarrista'. Eu disse: 'traga Robin para tocar com o Slash', mas Axl disse: 'eu quero que ele faça os solos'."
A inclusão de Robin acabou por ser a última contribuição significativa de Matt para a banda. Sorum em outra oportunidade lembrou do incidente que o fez encerrar seu período com a banda: "Paul Huge entrou no estúdio e fez um comentário negativo sobre Slash. Eu disse: 'você não diga isso na minha frente'. Daí o Axl se meteu na história, nós discutimos e o negócio acabou por ali".
"Huge me seguiu até o estacionamento e disse, 'volte'. Eu disse: 'não dá, ele me despediu. Você se sente bem, tendo sido a causa da separação de uma das maiores bandas que já existiu?'"
Outro egresso do NIN, Chris Vrenna, foi convidado para substituir Matt Sorum ("eles queriam realizar experimentos com sons eletrônicos. O meu papel deveria ser tocar bateria e fazer programação", disse Vrenna), depois o ex-baterista do PEARL JAM Dave Abbruzzese. Robin Finck, enquanto isso, assinou um contrato de dois anos com o Guns - e então Duff McKagan saiu.
"Eu saí da banda duas semanas antes do nascimento da minha filha Grace (em 27 de agosto de 1997)", Duff disse mais tarde à revista japonesa Burrrn."Não era mais divertido. Esse é o motivo. O motivo pelo qual eu fiquei na banda era pra ser uma ponte entre Axl e Slash. Eu fui a um jantar com Axl e com seu empresário. Eu disse: 'Axl, nós nos divertimos muito juntos, mas agora é a sua banda. Eu não tenho interesse em ter você como um ditador. Eu não vim aqui para falar sobre adiantamento de dinheiro para o disco novo. Pode ficar com tudo'".
Créditos: Whiplash
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